Nos últimos cinco anos, o Rio de Janeiro tem se consolidado como um estado promissor para o setor de fabricação de cervejas e chopes, registrando um aumento de 27% no número de empresas nessa atividade. De acordo com uma sondagem do Sebrae Rio, baseada em dados da Receita Federal, o estado conta atualmente com 195 empresas, sendo 62% classificadas como microempresas, 27% como pequenas e 11% como médias e grandes. Esse crescimento reforça o dinamismo econômico do segmento e a diversificação no mercado fluminense.
A distribuição geográfica das empresas revela a concentração na Região Metropolitana, que abriga 35% das cervejarias e choperias do estado. A Região Serrana, conhecida por sua tradição cervejeira, aparece em segundo lugar com 24%, seguida pelo Médio Paraíba (14%) e Centro-Sul (9%). Outras regiões também apresentam presença significativa, como a Região dos Lagos (6%), o Norte Fluminense (5%), o Noroeste (4%) e a Costa Verde (3%). Esse panorama evidencia a força do setor em diferentes localidades, contribuindo para o desenvolvimento regional.
Carina Ferraz, coordenadora de Indústria do Sebrae Rio, destaca que, apesar do crescimento expressivo, o estado ocupa a sexta posição nacional em número de empresas no setor. “Isso reforça a vocação do estado e o potencial para que novos investimentos surjam nos próximos anos”, avalia. A colocação é um reflexo do destaque nacional do Rio de Janeiro, mas também aponta possibilidades de expansão para o futuro.
No âmbito nacional, o aumento no número de empresas voltadas à fabricação de cervejas e chopes foi de 23%. Atualmente, o Brasil conta com mais de 2,5 mil empresas no setor, sendo que 91% delas estão concentradas em dez estados. São Paulo lidera com 18%, seguido por Rio Grande do Sul (17%), Minas Gerais (15%) e outros estados do Sul e Sudeste. O Rio de Janeiro, com 8%, mostra-se como um player importante, mas ainda com espaço para crescer no cenário competitivo.
O crescimento contínuo do setor cervejeiro no Rio de Janeiro é um indicativo de sua importância econômica e cultural. Com o aumento da demanda e a diversificação de estilos de cerveja, as empresas fluminenses têm mostrado que a produção local é uma aposta certeira para o mercado. Com o incentivo ao empreendedorismo e a captação de novos investimentos, o estado pode se tornar ainda mais representativo no mapa nacional da cerveja artesanal e industrial.
