LENTES INTRAOCULARES: o que são e qual a indicação?

O avanço da Medicina nos últimos anos tem transformado muitas vidas. No segmento de técnicas oftalmológicas, a inovação permite a realização de diversos procedimentos que há alguns anos não eram possíveis, como, por exemplo, o que consiste na substituição do cristalino, a lente natural do olho, pela lente intraocular, conhecida também como LIO, geralmente indicada para restabelecer a visão do paciente diagnosticado com catarata, ou seja, com o cristalino opacificado.

A oftalmologista Tatiana Aquino, sócia-proprietária da Clínica Perissé, é especializada em cirurgia de catarata e tem bastante experiência neste procedimento, que realiza há 21 anos, desde quando começou sua residência médica em Oftalmologia, no Hospital Federal da Lagoa, no Rio de Janeiro.

“Hoje em dia colocamos as lentes em todos os pacientes que realizam cirurgia de catarata e usamos também em alguns casos de lentes fácicas, para correção de grau em pacientes que, por alguma razão, não podem ou não devem fazer o laser na cirurgia refrativa”.

Com 21 anos de experiência neste procedimento, Drª Tatiana Aquino destaca que a colocação de lentes intraoculares nas cirurgias de catarata transforma a vida dos pacientes. Foto: Arquivo

Ao listar as vantagens do procedimento, Drª Tatiana lembra que há alguns anos não se colocava a lente intraocular nos pacientes que operavam catarata e, com isso, a recuperação visual era muito restrita. “Além disso, o paciente acabava tendo que usar óculos com graus bem elevados”, recorda.

A facoemulsificação – nome dado à cirurgia de catarata – com implante de lente intraocular é realizada no centro cirúrgico, pois é necessário um ambiente estéril e que o paciente seja anestesiado, com anestesia local ou tópica, ou seja, feita com uso de colírio. Uma vez colocadas, as lentes são para o resto na vida, explica Drª Tatiana. Em alguns casos, no entanto, é necessário realizar um procedimento de capsulotomia: “popularmente falando, fazemos uma limpeza na lente para melhorar a visão do paciente.”

Segundo a médica, para uma boa recuperação e obter sucesso na cirurgia é necessário que o paciente faça repouso e se ausente de suas atividades por pelo menos sete dias. “Ou, em alguns casos, por mais tempo, dependendo de cada paciente e de acordo com a orientação do médico assistente”, explica.