A música é uma força poderosa que pode evocar uma ampla gama de emoções e influenciar significativamente o estado de espírito das pessoas. É uma linguagem universal que transcende fronteiras culturais, linguísticas e temporais. Desde tempos antigos, as pessoas tem utilizado a música como uma forma de expressão, comunicação e conexão emocional. A Revista Fever foi buscar entender como a música afeta as emoções das pessoas e como esse fenômeno tem sido estudado e aplicado em diversas áreas da vida.
A música possui o poder único de tocar diretamente as emoções, muitas vezes evocando sentimentos intensos de alegria, tristeza, empolgação, nostalgia e até mesmo transe. Desde as batidas pulsantes de uma música eletrônica até as melodias suaves de uma balada romântica, a música tem o poder de transportar as pessoas para diferentes estados emocionais.
Pesquisas científicas têm demostrado que a música pode desempenhar um papel importante na regulação emocional. Em momentos de estresse, ansiedade ou tristeza, muitas pessoas recorrem à música como uma forma de acalmar os nervos, elevar o ânimo ou processar emoções difíceis. Além disso, a música pode ajudar a criar um ambiente emocionalmente positivo em diferentes contextos, como em festas, eventos esportivos e até mesmo no ambiente de trabalho.
Para a administradora Luísa Rodrigues, de 26 anos, tanto no trabalho, quanto na vida pessoal, a música aparece como uma forma de aliviar a pressão:

“Funciona como uma terapia que pode transformar meu dia e ajudar a lidar com emoções intensas. Tive o prazer de poder assistir ao show da minha banda favorita da adolescência, o Coldplay, fi um dia inesquecível, que me trouxe a várias sensações incríveis e memoráveis. Alguns dos meus artistas favoritos, como Coldplay, Arctic Monkeys, Filipe Ret e Partynextdoor, têm um impacto particularmente forte em minhas emoções, pois suas músicas estão alinhados com meus gostos pessoais e me deixam mais alegre e produtiva. A música tem tem o poder de nos conectar com memórias positivas e nos proporcionar alívio e relaxamento instantâneo”
Uma pesquisa realizada por especialistas na Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, contou com cerca de 2,5 mil voluntários norte-americanos e chineses. Os participantes classificaram 40 amostras de música com base em 28 categorias diferentes de emoção, bem como em uma escala de positividade e negatividade, e em níveis de excitação que elas causam.
Entre as canções estavam títulos como Shape Of You, do cantor Ed Sheeran; o hino dos EUA, Careless Whispers, de George Michael; Rock the Casbah, do The Clash; Somewhere over the rainbow, de Israel (Iz) Kamakawiwoole e As quatro estações, de Vivaldi. Os especialistas perceberam que 13 emoções se destacaram, entre elas diversão, alegria, erotismo, beleza, relaxamento, tristeza, sonho, triunfo, ansiedade, medo, aborrecimento, desafio e animação.
NA SAÚDE E NA ALEGRIA
A música também é amplamente utilizada como uma ferramenta terapêutica em campos como a musicoterapia. Profissionais de saúde mental e terapeutas têm utilizado a música para ajudar pacientes a lidar com uma variedade de questões emocionais, incluindo transtornos de humor, estresse pós traumático, autismo e demência.
Estudos científicos têm investigado os mecanismos neurobiológicos subjacentes à influência da música nas emoções humanas. Descobertas recentes sugerem que a música ativa áreas específicas do cérebro associadas à percepção auditiva, processamento emocional e memória. Além disso, a música pode modular a atividade de neurotransmissores, como dopamina e serotonina, que desempenham um papel crucial de regulação do humor e das emoções.
Em suma, a música exerce uma influência profunda e multifacetada sobre as emoções das pessoas. Seja como uma forma de expressão artística, uma ferramenta terapêutica ou uma força cultural, a música tem o poder de emocionar, inspirar e conectar uns com os outros de maneiras que transcendem as palavras.
MÚSICA TAMBÉM PODE INFLUENCIAR SEU PODER DE COMPRA
A música ambiente pode afetar suas compras, estimulando sentimentos com concentração, excitação e prazer, conforme demonstrado por estudos do Centro Universitário de Maringá (Weigsding & Barbosa, 2014). A música pode influenciar suas decisões de compra: uma seleção musical agradável pode aumentar o tempo gasto na loja, levando a mais exploração de produtos e compras adicionais.
Um estudo da Universidade de Brasília (Diogo Conque Seco Ferreira, 2007) mostra que a música pode ser usada como estratégia de marketing por estabelecimentos comerciais, influenciando o faturamento e as impressões dos clientes. A qualidade da música pode determinar a percepção do local pelo consumidor e aumentar o faturamento quando adequada ao público.
Associada a campanhas publicitárias eficazes ou experiências positivas anteriores com a marca, ela pode influenciar positivamente as decisões de compra.