
Na última semana, a agência Campos (0005) do Banco do Brasil passou a se chamar José do Patrocínio, em uma importante ação de homenagem a pessoas, especialmente de origem indígena e africana, que fizeram a diferença histórica em suas regiões e no país.
O evento teve início no dia 13 de dezembro e se estendeu até 15 de dezembro, quando os convidados foram ao festival Afropunk, na cidade de São Paulo. Acompanhados pela presidente do BB, Tarciana Medeiros, a programação também contou com uma imersão em temas de sustentabilidade e diversidade, proporcionando aos participantes uma experiência enriquecedora e reflexiva.

O jornalista e servidor federal, Edmundo Siqueira, um dos vencedores do concurso e que representou a agência Campos no evento, expressou sua gratidão por participar de uma iniciativa tão importante, sendo o autor da defesa do nome de José do Patrocínio. “O Brasil precisa muito de ações de reparação histórica, e acredito que um dos bons caminhos para isso seja contar histórias reais de nossos verdadeiros heróis. E certamente Patrocínio é um deles”, afirmou.
A renomeação oficial das agências está prevista para o início de 2025. Além disso, através de um cuidadoso trabalho de curadoria, os locais receberão um espaço dedicado ao homenageado e abrigará um grande painel com uma obra de arte que faça referência ao mesmo.

PATROCÍNIO E AS PERSONALIDADES IMPORTANTES DO MUNICÍPIO

Campos foi berço de personagens importantes, que conseguiram feitos incríveis e travaram lutas fundamentais no país. Entre esses nomes, podemos citar personalidades como Nilo Peçanha, José Cândido de Carvalho, Benta Pereira, Nina Arueira. E José do Patrocínio se destaca como um dos principais personagens da abolição da escravatura no Brasil. Farmacêutico, jornalista e escritor, ele utilizou do poder da palavra e da escrita em prol da causa fundamental de sua época: o fim da escravidão no Brasil.
Siqueira, ao explicar sobre a relevância de resgatar tais figuras históricas, ressaltou que a história é um elemento político e, apesar de contraditório ao senso comum, é um elemento vivo e está sempre em disputa. Ele enfatizou a importância de valorizar as figuras de origem africana e indígena, e de seus descendentes, que dedicaram suas vidas para a construção de um país melhor.
“Não se trata de identitarismo, se trata de reconhecer que pessoas que sofriam toda sorte de preconceito e violência resolveram lutar com as armas que tinham para mudar a situação preconceituosa e violenta. Resgatar essas histórias não se trata apenas de justiça e reparação, se trata também de construir exemplos “, afirmou.