Três anos após a implementação do Open Finance no Brasil, é inegável que o sistema segue se consolidando como peça fundamental no cenário financeiro do país. Com mais de 40 milhões de consentimentos ativos e mais de 27 milhões de CPFs registrados (o que representa 11% da população), os números impressionam e destacam o sucesso dessa iniciativa, que se propõe a transformar a maneira com a qual lidamos com nossas finanças.
A iniciativa é fruto de uma combinação inteligente de inovação contínua, uma abordagem regulatória que fomenta a concorrência, e da adoção de tecnologias financeiras avançadas, tal reconhecimento não é puro acaso. Tanto que o modelo brasileiro – rapidamente estabilizado –é alvo de elogios do Banco Mundial, especialmente por superar países pioneiros, como o Reino Unido, no volume de adesão.
Segundo dados do Banco Central, em dezembro de 2023 foram realizadas 423,4 mil operações via iniciador de pagamento. Em comparação, no mesmo período de 2022, foram apenas 101,8 mil procedimentos. Isso mostra o crescimento progressivo do uso da funcionalidade pioneira, que garante ao usuário mais facilidade e praticidade, além da interoperabilidade do sistema, que impulsionou a concorrência entre instituições financeiras, resultando em novas empresas focadas em transações de pagamentos.
Viabilizando novos modelos de negócio com maior transparência, controle sobre as finanças e portabilidade de relacionamento entre as instituições, o Open Finance combate fraudes e proporciona eficiência, colocando o consumidor no centro da operação para lhe proporcionar uma experiência financeira mais dinâmica e personalizada.
É fundamental destacar que as instituições participantes estão empenhadas em desenvolver novos produtos e ferramentas, alguns ainda em fase de elaboração, que em breve estarão disponíveis ao público. Contudo, apesar dos avanços, o desafio atual reside na ampliação do conhecimento sobre o Open Finance entre a população, uma vez que muitas pessoas ainda não compreendem completamente as possibilidades e benefícios desse sistema.
Ainda assim, o ano de 2024 se apresenta como um período promissor para o Open Finance no Brasil. Com planos do Banco Central para introduzir novos produtos, incluindo ‘transferências inteligentes’ entre contas do mesmo titular, o sistema está prestes a oferecer maior eficiência e conveniência para o usuário. Essa evolução representa não apenas um avanço tecnológico, mas uma etapa crucial na direção de uma automação financeira mais abrangente e de uma maior integração no ecossistema financeiro.
Em suma, o sistema brasileiro é mais do que uma realidade consolidada; é uma promessa de transformação contínua, inovação e maior autonomia financeira para os brasileiros. É crucial disseminar o conhecimento sobre esse sistema, para que todos possam usufruir plenamente dos benefícios que o Open Finance tem a oferecer. O futuro financeiro do Brasil está sendo moldado hoje, e o Open Finance é a chave para desbloquear um horizonte de possibilidades inexploradas.
Por Época Negócios
